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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025
Thiago Rocha: Da Nova Zelândia ao Topo do Paraquedismo Mundial

Brasil e Mundo

Thiago Rocha: Da Nova Zelândia ao Topo do Paraquedismo Mundial

Com uma carreira construída entre saltos e desafios, Thiago revela como transformou sua paixão por adrenalina em uma trajetória internacional de sucesso.

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Nome: Thiago Rocha
Salta desde: 2019
Quantidade de saltos: 3.400
Área preferida: Wingsuit

Integra: Seu primeiro salto foi duplo? Conte sobre (por que, como, onde, quando):


Thiago Rocha: Meu primeiro salto foi em 2015, na Byron Bay, Austrália. Sempre gostei de fazer muitas travessuras, mas nunca tinha praticado algo de forma profissional. O paraquedismo caiu como uma luva para mim, pois adoro adrenalina e me desafiar. Quando descobri onde poderia saltar, não pensei duas vezes. Fiz meu primeiro salto, mas, na época, não comprei o pacote de filmagem. Depois de saltar, gostei tanto que decidi saltar novamente, dessa vez na Nova Zelândia. Foi nesse salto que percebi que aquilo era o que queria para a minha vida.
Como sempre gostei de viajar, comecei a pesquisar sobre a profissão de instrutor e tive certeza de que era esse o caminho. Na Nova Zelândia, me formei como atleta e, ao retornar ao Brasil, realmente me profissionalizei, começando na indústria como câmera man na SkyRadical, em Boituva, até me tornar instrutor de salto duplo.

Integra: Quem foram seus instrutores?


Thiago Rocha: Cheguei à SkyRadical por meio de um grande instrutor que conheci duas semanas antes, no Rio de Janeiro. Ele se chama Alencar e também era instrutor na Nova Zelândia, onde fiz meu curso. Meu instrutor foi um australiano chamado Hayden Galvin. O curso foi muito completo e abrangente: aprendemos tudo sobre o paraquedismo comercial, desde edição de vídeos até a dobragem de paraquedas de todos os modelos. Aliás, o curso na Nova Zelândia é conhecido como o mais completo do mundo, preparando atletas de maneira profissional para atuar em todas as áreas do esporte.

Integra: Qual você acha que foi a sua maior dificuldade no início?


Thiago Rocha: Minha maior dificuldade foi aprender a controlar meu corpo em queda livre. Na época, eu já tinha 33 anos, e isso foi bem diferente de quem começa aos 18, como a maioria dos meus colegas de curso. Senti um pouco de má vontade por parte do meu instrutor em me ajudar com essas dificuldades, mas, felizmente, outras pessoas se dedicaram para que eu aprendesse bem nas áreas em que tinha mais desafios. Fora isso, a experiência foi muito positiva.

Integra: E como foi a sua progressão até ser atleta? Treinou com alguém?


Thiago Rocha: Minha progressão aconteceu no Brasil, onde tive excelentes instrutores. Posso destacar o Levi, um grande mestre, muito competente e dedicado ao que faz e ensina!

Integra: Hoje, onde você salta mais? E qual modalidade você mais gosta de voar?


Thiago Rocha: Fiquei dois anos no Brasil durante a pandemia, onde aprendi muito e me tornei instrutor tandem. Após o fim da pandemia e a reabertura das fronteiras, comecei minha jornada como instrutor pelo mundo. Já trabalhei no Egito, Estados Unidos, Áustria, Bélgica e Austrália, que é minha base atual e onde realizo a maioria dos meus saltos.

Integra: Deixe uma dica para um iniciante no esporte!


Thiago Rocha: Minha dica para quem quer ingressar no mundo do paraquedismo é: corram atrás, independente do número de saltos. Nunca desistam e sempre peçam feedback sobre segurança e como progredir. Para aqueles que pretendem trabalhar fora, aprendam inglês para evitar perrengues. E, acima de tudo, voem com segurança! No final do dia, queremos voltar para casa com o bolso cheio e, principalmente, com vida.
Para os instrutores de salto duplo, lembrem-se: o salto é do passageiro, e não seu. Por isso, faça o básico com segurança!

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