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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025
COBRAS EM BOITUVA - SEGURANÇA

Brasil e Mundo

COBRAS EM BOITUVA - SEGURANÇA

SEGURANÇA -VIVIAN VALENTINI

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De acordo com o IBGE*, a etimologia da palavra Boituva vem do idioma Tupi Guarani e significa “muitas cobras”. A cidade ganhou o nome justamente devido ao grande número de espécies do local. É frequente o encontro com esses animais, 
tanto na área de paraquedismo quanto nas plantações ao redor - e para quem pousa fora isso pode ser um susto.
 Por isso, hoje trouxemos um paraquedista biólogo para falar um pouco desse tema. Guilherme Maltoni é instrutor 
Tandem, biólogo formado e especialista em cobras. “Já fui chamado diversas vezes para remover serpentes em Boituva, 
principalmente no verão. Por se tratarem de animais ectotérmicos (animais que necessitam de um meio externo de calor, 
chamados de animais de sangue frio), tornam-se mais ativos devido ao calor.”
 Boituva é uma região com ampla diversidade de espécies. “Porém, a mais comum e em grande quantidade, são as 
Bothrops jararacas’, popularmente chamadas apenas de jararacas ou jararacas da mata. Outra espécie menos frequente, mas potencialmente tóxica, são as serpentes do gênero Micruros (spp, Corais verdadeiras) - essas são as de principal 
interesse médico.”
 Caso você encontre uma serpente na área, mantenha-se longe e JAMAIS manuseie ela. “Caso uma serpente seja avista
da em zona urbana, me coloco à disposição para remoção. Em minha ausência, ligar para os bombeiros imediatamente. Se o avistamento ocorrer em área rural e não estiver colocando a integridade de seres humanos locais, ou animais domésticos 
em risco, deixar o animal seguir seu caminho.”
 Em plantações, como as que cercam a área de pouso de Boituva, é muito comum a presença de roedores, que é o prato 
principal das serpentes. “Ao pousar fora ou ir procurar velames desconectados, MUITA atenção e cuidado. Áreas quentes 
e escuras (embaixo de entulhos, telhas, decks e etc) são os lugares preferidos delas”.
 Se acontecer de ser picado, a dica dele é, se possível, fotografar o animal para identificação. “Cada gênero exige um 
tipo de soro antiofídico específico, então, a identificação da espécie agiliza e propicia a administração do soro correto. La
var APENAS com água corrente e sabão e procurar um hospital imediatamente. JAMAIS realizar a técnica chamada tornique
te, isso ocasiona a amputação do membro.”

O Maltoni conta que desde criança foi fascinado por dinossauros, e ainda novo começou a se questionar: Como um animal sem braços e pernas poderia se tornar tão especializado e chegar ao topo da cadeia alimentar? “Foi aí que me tornei um 
Biólogo". Ele também deixa uma dica para quem quer seguir os passos das ciências biológicas: “O caminho da biologia é uma trilha complexa e extremamente variada, podendo apresentar inúmeras ramificações. Siga a que mais se identifica e ame de verdade a profissão. Não é apenas retorno financeiro, a ciência biológica é principalmente a evolução do conhecimento e aprimoramento das técnicas já conhecidas. A ciência salva!"
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